quinta-feira, 15 de julho de 2010

A Parábola do Semeador




Em Mateus 13 está a parábola do semeador. Ali vemos qual foi o resultado de um mesmo tipo de semente ter sido lançado em diferentes tipos de solo. Havia aquela que, apesar de ter germinado, não durou muito tempo, por não ter raízes profundas e, vindo o sol, secou. Jesus disse que este tipo de planta representa aqueles que não têm raízes profundas em sua relação com Deus e, por isso, vindo a angústia, sucumbem a ela e morrem.

O solo rochoso indica a pessoa que tem um relacionamento apenas superficial com Deus, e ocultamente, em seu coração, há uma dura rocha, impenetrável. São as pessoas que não permitem que Deus toque em seu ser, são os que se justificam, os que se explicam. Até recebem a Palavra com alegria, mas na primeira dificuldade, na primeira contrariedade permitida por Deus, escandalizam-se, fecham-se para Deus e fogem dele.

O sol os queima, não por ser forte, mas porque não têm raízes profundas. O sol foi criado para dar vida, mas para estes que não têm raízes profundas ele acaba por trazer morte. É nas regiões tropicais que encontramos a vegetação mais exuberante, mais rica, mais diversificada. Sob um sol muito quente nasce a mais viva vegetação. Do mesmo modo, se temos raízes profundas em nossa vida com Deus, se temos um relacionamento sério com Ele, o mais forte sol de provação ou sofrimento nos fará crescer!

Seguir o Senhor Jesus Cristo não é fácil, pois implica negar-nos a nós mesmos (Mt 16:24). Ter a luz da vida é seguir ao Senhor para Ele mudar-nos interiormente. Para isso precisamos primeiro da luz do mundo, a luz que expõe, que queima, que não tem piedade do pecado e nem do ego. Essa luz abomina as trevas e a carne em nós. Além do sol, também temos a água viva, que nos refrigera. Essa água representa o Espírito Santo, que nos infunde a vida divina. Temos o Espírito e a Palavra que nos sustentam em meio a perseguição e angústia.

A parábola do semeador relata que a Palavra pode ser acompanhada de angústia e dor, com o objetivo de torná-la a nossa experiência e não apenas mero conhecimento. Precisamos abrir mão do humanismo racionalista para vivermos a Palavra do Senhor.

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