quarta-feira, 22 de abril de 2015

Eu preciso “freqüentar uma igreja”?




A salvação é individual. É verdade! Paulo disse que “cada um” será julgado “perante o tribunal de Cristo” (2 Coríntios 5:10). Não seremos julgados coletivamente como igrejas.

A igreja não salva ninguém. Isso, também, é verdade! É pelo sangue de Jesus que recebemos “a remissão dos pecados” (Efésios 1:6-7). “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé” (Efésios 2:8). A igreja não morreu por nós, e não é capaz de nos salvar.

Algumas pessoas, compreendendo estes fatos, chegam à conclusão que a vida cristã não tenha nada a ver com a igreja. Pode freqüentar uma se quiser, mas também pode usar o tempo igualmente bem recebendo amigos em casa, passeando no shopping ou indo pescar. Pode comunicar com Deus em qualquer lugar, então quem precisa de igrejas?

Antes de descartar ou desprezar a igreja na sua vida, não seria importante ver o que Deus diz a respeito dela?

A igreja (grego, ekklesia) é um grupo de pessoas chamadas para saírem do pecado e pertencerem a Cristo. Jesus prometeu edificar a igreja dele (Mateus 16:18). Deus comprou a igreja com seu próprio sangue no sentido que ele comprou cada pessoa salva (Atos 20:28; cf. 1 Coríntios 6:20).

Paulo frisou a importância de procedimento adequado “na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (1 Timóteo 3:15). Embora a igreja não salva, ela tem um papel fundamental na divulgação do evangelho. Devemos valorizar a casa de Deus.

Quando se trata da responsabilidade de participar de uma igreja, uma congregação local, o Novo Testamento não deixa dúvida. Além de muitos exemplos no livro de Atos e referências nas epístolas, encontramos instruções específicas que exigem a nossa participação nas reuniões de uma igreja. O autor de Hebreus claramente condena a atitude de pessoas que deixam de se congregar, porque negligenciam seu papel importante na edificação mútua (Hebreus 10:23-27).

Outras instruções exigem a nossa participação nas reuniões da igreja para participar da Ceia do Senhor (1 Coríntios 11:17-34; cf. Atos 20:7), para juntar ofertas (1 Coríntios 16:1-3; Atos 4:36-37; 5:1-2) e para resolver questões de pecado na congregação (1 Coríntios 5:4-5). Discípulos de Cristo se juntam, também, para cantar hinos de louvor e edificação (Efésios 5:19-21) e para ensinar a palavra do Senhor (1 Coríntios 14:26).

Pessoas que negligenciam estas responsabilidades, não participando dos cultos da congregação, desobedecem a Deus. Pecam contra os irmãos e contra o Senhor.

Seja fiel na sua participação em uma congregação local. E não deixe de examinar tudo para verificar que a igreja onde você congrega esteja realmente agradando a Deus em doutrina e prática (1 Tessalonicenses 5:21-22).

quarta-feira, 25 de março de 2015

A importância de Viver em Comunhão

Vivemos num mundo que cada vez mais promove o individualismo, o egoísmo o “cada um por si”.  Aqueles que são integrados pela fé em Cristo Jesus na igreja são chamados a viver uma contracultura. São chamados a viverem aquilo que Cristo definiu para sua Igreja.
            Pois amar, cuidar e fazer o bem uns aos outros é dever cristão.  Jesus nos diz :
“o meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros assim como eu vos ameis.” Jo 15.12
            Através de três tópicos vamos ver a importância da comunhão cristã:
1 – Jesus é o exemplo:
            Jesus mostrou que na igreja não existe a ideia de “cada um por si” ou “salve-se quem puder ”Se verdadeiramente amamos a Deus, amamos o nosso irmão”:
“Ninguém jamais viu a Deus, se amarmos uns aos outros,
Deus permanece em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado”  1 Jo 4.20
            O meu relacionamento de fé com Jesus se manifesta no relacionamento de amor com meus irmãos. Não há como viver a fé isolada dos irmãos. Precisamos de companheiros na caminhada. Interessante é que a palavra companheiro significa: comer junto.
            E Jesus praticou isso: várias vezes comeu com seus discípulos, viajou junto com eles, junto foram a festas (Pascoa, Bodas de Canaã), descansaram juntos etc…
            Jesus sabia que somos seres sociais e que necessitamos de apoio, encorajamento, o amor e a advertência de alguém igual a nós. Nós precisamos da edificação mutua.
2 – A comunhão no Inicio da Igreja
            A comunhão foi uma manifestação fundamental na igreja primitiva.
“…perseveravam na comunhão…” At 2.42
            A comunhão cristã apresenta varias marcas: compartilhar experiências, tempo, bens. Suprir as necessidades do outro. Conhecer o outro ao ponto de poder levar suas cargas.
            “levai as cargas uns dos outros  e, assim, cumprireis a lei de Cristo” Gl 6.2
            Mas a comunhão cristã não acontece por acaso. Eu preciso quere-la e pratica-la.
            Preciso investir tempo, ter disposição de me aproximar com amor, conhecer e me dar a conhecer. Preciso derrubar barreiras de preconceito,  perdoar e ser perdoado, ter um coração compreensivo cheio de compaixão.
            Devemos cuidar com os inimigos da comunhão: a crítica destrutiva, o partidarismo, a competição destroem a comunhão cristã. Cuidemos para não sermos estas pessoas.
            Pois a verdadeira comunhão nos faz comprometidos uns com os outros.

3 – Os mandamentos de uns aos outros.
            Para encerrar esta reflexão traremos os 28 mandamentos que se referem ao convívio “uns com os outros”:
  1. 1.      Amai-vos uns aos outros (Rm 12.10; 13.8; 1 Pe 1.22; 1 Jo 3.11,23; 4.7,11-12; 2 Jo 5)
  2. 2.      Preferi-vos em honra uns aos outros (Rm 12.10)
  3. 3.      Tende o mesmo sentimento uns para com os outros (Rm 12.16; 15.5)
  4. 4.      Não nos julguemos mais uns aos outros (Rm 14.13)
  5. 5.      Sigam as coisas da paz e também a edificação uns para com os outros ( Rm 14.19)
  6. 6.      Acolhei-vos uns aos outros (Rm 15.7)
  7. 7.      Admoestai-vos uns aos outros (Rm 15.14)
  8. 8.      Cooperem os membros em favor uns dos outros (1 Co 12.25)
  9. 9.      Sede servos uns dos outros (Gl 5.13)
  10. 10.  Levai as cargas uns dos outros (Gl 6.2)
  11. 11.  Suportai-vos uns aos outros em amor (Ef 4.1-2)
  12. 12.  Sede benignos uns para com os outros (Ef 4.32)
  13. 13.  Falai entre vós com salmos e hinos e cânticos espirituais (Ef 5.18-19)
  14. 14.  Sujeita-vos uns aos outros ( Ef 5.21)
  15. 15.  Não mintais uns aos outros (Cl 3.9)
  16. 16.  Perdoai-vos mutuamente (Cl 3,13)
  17. 17.  Instruí-vos…mutuamente (Cl 3.16)
  18. 18.  Aconselhai-vos mutuamente (Cl 3.16)
  19. 19.  Cresçam e aumentem em amor uns aos outros ( 1 Ts 3.12)
  20. 20.  Consolai-vos uns aos outros (1 Ts 4.18)
  21. 21.  Exortai-vos mutuamente (Hb 3.13)
  22. 22.  Estimulai-vos uns aos outros ao amor e boas obras (Hb 10.23-25)
  23. 23.  Não falai mal uns dos outros (Tg 5.9)
  24. 24.  Confessai os vossos pecados uns aos outros (Tg 5.16)
  25. 25.  Orai uns pelos outros (Tg 5.16)
  26. 26.  Sede mutuamente hospitaleiros (1 Pe 4.9)
  27. 27.  Cingi-vos todos de humildade no trato uns com os outros ( 1 Pe 5.5)
  28. 28.  Saudai-vos uns aos outros com ósculo de amor ( 1 Pe 5.14)