sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Fardo e descanso

Disse Jesus: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e achareis descanso para as vossas almas, porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mt.11:28-30).

Vemos dois conceitos opostos: Fardo e descanso. Esse fardo pesa sobre toda a raça humana. Não se trata de opressão política, nem de pobreza, nem de trabalho árduo. Os ricos e os pobres o sentem da mesma forma, porque é um estado do qual nem riquezas nem lazeres podem nos libertar. Jesus indica que esse fardo é um peso que levamos conosco, ou uma fadiga que chega à exaustão.


Já o descanso é simplesmente o alívio que sentimos quando essa carga nos é tirada dos ombros. Não se trata de algo que fazemos, mas de algo que nos é proporcionado, quando deixamos de fazer outra coisa.


Quanto ao fardo, o primeiro é o orgulho. Nosso esforço para resguardar o amor-próprio é realmente exaustivo. Se examinarmos nossa vida, verificaremos que muitas de nossas aflições têm origem no fato de alguém ter falado de modo depreciativo a nosso respeito. Enquanto o homem se considerar um pequeno deus, qualquer ato de deslealdade será afrontoso.


Como, então, esperamos ter paz interior? O veemente esforço que o coração faz para se defender contra as injúrias, para proteger a sua honra sensível contra toda opinião desfavorável da parte de amigos e adversários, jamais nossa mente terá paz. No entanto, o homem continua levando essa carga pela vida afora, desafiando cada palavra proferida contra si, ressentindo-se contra toda crítica, magoando-se profundamente com a mais leve indiferença, revoltando-se em seus leitos, se outros forem preferidos em seu lugar.


Porém, Jesus diz: “Você não precisa carregar esse fardo”. Descanse em Cristo. O homem manso não se importa se alguém for maior do que ele, porque ele aprendeu que as coisas que o mundo aprecia não são importantes para ele. “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens”(1Cor 15:19).

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